Ser independente é uma busca sagrada, pois a alma reconhece a sua inata capacidade de decidir por si mesma seu caminho entre o céu e a terra e, desejosa de empreendê-lo, se depara imediatamente, por isso, com tudo que é obstáculo nesse sentido e que, em seu computador central, será arquivado sob o título do mal, esse se convertendo, ao longo do tempo, em objeto de todo seu desprezo e abominação.
Assim, sem sabê-lo, e sem querê-lo, por causa de habituar-se a odiar o mal que parece ser o grande obstáculo para a independência, a alma perde o que busca, e se torna dependente do mal que odeia, porque se acostuma a odiá-lo, e de tanto acostumar-se, não sabe mais como viver sem odiar algo ou alguém, que represente esse mal.
Sim, nossa humanidade odeia o mal com muita mais intensidade e força de vontade do que ama o bem e, por isso, apesar das hostes angélicas estarem amorosamente dispostas a ajudar na busca da independência, nada podem fazer por essas almas que se consagraram a odiar o mal, pois decidiram que com isso resolvem sua busca da independência, mas, paradoxalmente, por gastar todo o tempo contrapondo-se ao que parece ser obstáculo da independência buscada, tornam-se dependentes do mal que abominam.
Uma verdadeira loucura! Nunca a independência se conseguirá odiando o mal que parece obstaculizá-la, isso torna a alma dependente. Para tornar-se independente, a alma deve amar o bem muito além do que se habituou a odiar o mal e, dessa forma, com o foco da consciência orientado corretamente, até as situações malignas se tornam oportunidades que ajudam nessa sagrada empreitada, que é a busca da independência.
Queridos seres humanos do planeta Terra! Substituam o ódio que cultivam pelo mal, cultivem nesse mesmo terreno um ardoroso amor pelo bem, pois a busca da independência não é fugir dos problemas, mas dirigir-se ao encontro dela.
Por Oscar Quiroga
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