sábado, 30 de junho de 2007

Eu, meu melhor amigo - Revista Veja Edição 2015

A auto-estima é a melhor aliada do sucesso na vida pessoal e profissional. Não há idade-limite para conquistá-la


Rosana Zakabi

1 PAUL CÉZANNE (1839-1906)
O pintor francês teve seus quadros rejeitados no Salão Oficial de Paris e foi motivo de chacota entre os críticos durante anos, mas não se deixou abater. "Eu sou um marco na arte", costumava dizer. Tinha razão.

2 WALT WHITMAN
(1819-1892) O poeta americano enaltece a si próprio em sua obra-prima Folhas de Relva. "Eu celebro a mim mesmo / E o que assumo você vai assumir / Pois cada átomo que pertence a mim pertence a você", proclamou.

3 TINA TURNER
A cantora apanhou do marido, Ike Turner, durante quase duas décadas até que um dia se convenceu do próprio valor, achou-se capaz de mudar de vida e seguiu carreira-solo.

4 ALEXANDRE, O GRANDE
O imperador se considerava um deus. Comparava suas conquistas e realizações com as de personagens da mitologia grega, como Hércules e Dionísio,
o deus do vinho.

5 LEWIS HAMILTON
Aos 10 anos de idade, ainda piloto de kart, o jovem inglês se apresentou ao chefão da McLaren, Ron Dennis, e disse que um dia ainda faria parte da escuderia. Agora, em sua estréia na Fórmula 1, já é considerado um fenômeno nas pistas.

6 MICHEL DE MONTAIGNE
Em Ensaios, o filósofo francês sugere como superar o sentimento de desconforto com o próprio corpo, a sensação de que se é pouco inteligente e o sentimento de inadequação quando algum comportamento é desaprovado pelos outros. "A pior desgraça para nós é desdenhar aquilo que somos", escreveu.

7 COCO CHANEL
A estilista desafiou a sociedade do início do século XX ao apostar na originalidade de suas roupas. "As pessoas costumavam rir da forma como eu me vestia", dizia ela. "Mas esse era o segredo do meu sucesso. Eu não era parecida com ninguém."


Os manuais de auto-ajuda se incorporaram à vida moderna tanto quanto os telefones celulares ou a internet. Cada vez mais gente encontra inspiração em seus conselhos para perseguir uma vida melhor, seja do ponto de vista material, seja do espiritual. Na lista dos livros mais vendidos de VEJA, os títulos de maior sucesso ensinam a ficar rico em pouco tempo, a atrair a sorte para si próprio e a galgar degraus no trabalho rapidamente. Se todos os títulos de auto-ajuda fossem colocados em uma centrífuga, o conselho fundamental que daí resultaria seria: goste de você, tenha confiança em si mesmo, acredite em sua capacidade. Em resumo: preserve sua auto-estima. Os psicólogos são unânimes em afirmar que a auto-estima é a principal ferramenta com que o ser humano conta para enfrentar os desafios do cotidiano, uma espécie de sistema imunológico emocional. Ela determina, em última análise, a forma como nos relacionamos com o mundo. "A pior desgraça para nós é desdenhar aquilo que somos", escreveu ainda no século XVI o filósofo francês Michel de Montaigne. Resume o historiador inglês Peter Burke: "A auto-estima é o conceito mais estudado na psicologia social, e há um bom motivo para isso. Ela é a chave para a convivência harmoniosa no mundo civilizado".

A auto-estima é vital não apenas para as pessoas mas também para as famílias, os grupos, as empresas, as equipes esportivas e os países. Sem ela, não há terreno fértil para as grandes descobertas nem para o surgimento dos líderes. Quem não acredita em si mesmo acha que não vale a pena dizer o que pensa. Desde o início da civilização, o mundo é movido a pessoas que confiam de tal forma nas próprias idéias que se sentem estimuladas a dividi-las com os outros. Isso vale tanto para cientistas quanto para poetas, tanto para artistas quanto para políticos. O filósofo grego Aristóteles já observava que a esperança e o entusiasmo, juntos, formam a centelha da autoconfiança, sem a qual os jovens não teriam futuro.

Antigamente, acreditava-se que o grau de auto-estima de uma pessoa era determinado na infância e se preservava intocado ao longo da vida. A boa notícia é que, nos últimos anos, a psicologia derrubou essa teoria. Hoje se sabe que é possível desenvolver a auto-estima em qualquer idade e mantê-la elevada para sempre. O sucesso dessa empreitada depende não apenas da visão que se tem de si mesmo, mas também da avaliação que se faz da sociedade em que se vive. Em 2004, três estudos da Universidade de Dakota do Norte, nos Estados Unidos, envolvendo 257 estudantes, constataram que os mais pessimistas, que tinham uma percepção negativa sobre diversas atividades do local em que viviam, também eram os que apresentavam a pior impressão de si mesmos. "As pessoas que aprendem a adequar sua maneira de agir aos valores da sociedade em que vivem são as que possuem auto-estima mais elevada", disse a VEJA Shinobu Kitayama, professor de psicologia da Universidade de Michigan e autor de um estudo comparativo entre a auto-estima de americanos e japoneses.

As pesquisas mais recentes sobre auto-estima apresentam outras duas novidades. A primeira é que é possível ter auto-estima alta e baixa que se alternam. "Um indivíduo pode ter confiança plena em si próprio no ambiente profissional, mas se sentir a última das criaturas no âmbito pessoal, e vice-versa", disse a VEJA o psicólogo Daniel Hart, da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, que detalhou essa teoria em um artigo do livro Self-Esteem: Issues and Answers (Auto-Estima: Casos e Respostas), lançado no ano passado. "Isso indica que, para aumentar a auto-estima, não basta apenas ter pensamentos positivos generalizados. O ideal é concentrar-se nos pontos fracos que podem ser mudados e melhorados", observa Hart. Uma pesquisa feita há três meses pela Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, concluiu que um grupo de mulheres que implantou silicone nos seios teve sua auto-estima elevada no que diz respeito à sexualidade. Em outras áreas, como desempenho profissional e satisfação no trabalho, a cirurgia não surtiu efeito algum. Ou seja, se o problema da auto-estima é na carreira, de pouco adianta melhorar a aparência física.

A segunda revelação da psicologia no terreno da auto-estima é que algumas das características que a compõem podem ser hereditárias. Essa descoberta enterra definitivamente a noção de que a auto-estima é formada apenas durante a infância, em casa, por influência dos pais. Recentemente, um grupo de psicólogos da Universidade de Southampton, na Inglaterra, fez uma revisão dos principais estudos já conduzidos sobre a relação entre a auto-estima e os fatores genéticos. O trabalho foi publicado no European Journal of Personality. Uma das pesquisas foi realizada com 738 pares de gêmeos adultos que viviam separados um do outro havia pelo menos um ano e meio. Embora morando em ambientes totalmente diferentes, os gêmeos univitelinos, que têm o código genético idêntico, apresentaram o mesmo grau de auto-estima. Já os gêmeos bivitelinos, que não foram gerados no mesmo óvulo, desenvolveram graus de auto-estima diferentes. Outros estudos, feitos com filhos adotivos, também indicaram que a genética pode ter um peso considerável na auto-estima. Segundo as pesquisas, a auto-estima de crianças adotadas não é influenciada pelo comportamento dos pais adotivos. "Existe um conjunto de fatores que nos leva a crer que os genes exercem um papel crucial no desenvolvimento da auto-estima", disse a VEJA o americano William Swann, professor de psicologia social da Universidade do Texas e autor de vários artigos sobre o tema. "O que ainda não sabemos é quanto da auto-estima é formado pelos genes e quanto é resultado do ambiente. Quando tivermos essa resposta, poderemos tratar o problema da baixa auto-estima de maneira muito mais eficiente", afirma ele.

O primeiro passo para melhorar a auto-estima, segundo médicos e psicólogos, é identificar os comportamentos e as crenças negativas que foram construídos durante a vida. Coisas como acreditar-se incapaz de realizar grandes projetos, de conseguir um bom marido ou uma boa esposa e achar que subir na carreira e ganhar mais dinheiro é privilégio apenas das outras pessoas. A partir daí, é preciso questionar essas crenças. As que não contribuírem para uma vida harmoniosa devem ser limadas do comportamento do dia-a-dia. Segundo os psicólogos, são os pensamentos e as atitudes próprios – e não os eventos externos – que moldam os sentimentos. Assim, se um indivíduo tem uma visão distorcida e negativa de si mesmo, terá auto-estima baixa. Ter baixa auto-estima não significa, necessariamente, ter depressão, mas uma coisa pode levar a outra. "Uma pessoa com baixa auto-estima se enxerga de maneira negativa, mas consegue levar uma vida normal. Quem tem depressão, além dessa visão negativa, perde a motivação para viver", diz a psicóloga Eliana Melcher Martins, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Mas um indivíduo com depressão sempre tem auto-estima baixa, pois essa sensação de incapacidade é um dos aspectos que podem torná-lo depressivo", ela completa.

Existem seis regras básicas para elevar a auto-estima e ganhar confiança de maneira permanente. Elas funcionam a partir do momento em que se decide identificar as crenças negativas e se trabalha continuamente para modificá-las. As regras são as seguintes:

Examinar o passado. Esse é um passo crucial para elevar a auto-estima. Ao fazer essa retrospectiva, é possível perceber que alguns erros do passado podem ser corrigidos e outros não. Ao deparar com o que não pode ser mudado, o melhor a fazer é aceitar a situação, esquecer esses erros e se concentrar apenas no que pode ser melhorado.

Achar um meio-termo. Quem sofre de baixa auto-estima costuma seguir a linha de pensamento do "tudo ou nada", ou seja: se uma tarefa realizada não saiu perfeita, foi um tremendo fiasco. Há uma grande diferença entre dizer "Eu fracassei três vezes" e "Eu sou um fracasso". Segundo os psicólogos, é preciso se esforçar para encontrar um meio-termo. Uma tarefa que não saiu perfeita dessa vez pode ser melhorada no futuro.

Dar um sentido à vida. Um estudo do Instituto de Envelhecimento da Universidade da Flórida concluiu que pessoas que dão um sentido à vida, prestando serviços comunitários ou investindo numa segunda carreira, se sentem mais satisfeitas consigo mesmas e apresentam auto-estima elevada e estável.

Focar os aspectos positivos. A pessoa que sofre de baixa auto-estima tende a concentrar sua atenção apenas nos aspectos negativos de determinada situação. Se o chefe menciona os pontos fortes e fracos de um projeto apresentado, por exemplo, ela vai lembrar e remoer apenas as críticas, ignorando os elogios. Ao se concentrar nos pontos positivos, a percepção do indivíduo sobre a mesma situação muda para melhor.

Comentar com a família e os amigos as realizações positivas. Um estudo publicado no Journal of Personality and Social Psychology, da Associação Americana de Psicologia, concluiu que alardear o próprio sucesso ajuda a reforçar a autoconfiança e a elevar a auto-estima e neutraliza os pensamentos de autodepreciação.

Fazer ginástica. Vários estudos mostram que a prática regular de exercícios ajuda a elevar a auto-estima. Numa pesquisa da Universidade do Arkansas, nos Estados Unidos, um grupo de estudantes que começou a praticar exercícios regularmente passou a ter uma percepção mais positiva de si próprio. Outro estudo, da Universidade de Illinois, concluiu que a ginástica aumenta a auto-estima dos praticantes porque melhora a saúde e a qualidade de vida em geral.

Uma pesquisa concluída no ano passado pela filial no país da International Stress Management Association (ISMA-BR) constatou que os brasileiros possuem auto-estima baixa em comparação com os americanos e os franceses. O estudo foi feito com 760 brasileiros entre 23 e 60 anos de Porto Alegre e São Paulo. O mesmo número de pessoas foi entrevistado nos Estados Unidos e na França. Segundo a pesquisa, 59% dos brasileiros sofrem de baixa auto-estima, contra 22% dos americanos e 27% dos franceses. Em compensação, em matéria de otimismo, o brasileiro está nas alturas: 67% dos pesquisados disseram ser otimistas, contra 54% dos americanos e 49% dos franceses. "Apesar de terem baixa auto-estima, os brasileiros são os que mais têm esperança. Eles sempre acham que hoje está ruim, mas amanhã vai ficar melhor", analisa a psicóloga Ana Maria Rossi, coordenadora do estudo.

Durante a pesquisa, Ana Maria constatou que, para a maioria dos brasileiros, considerar-se bem-sucedido é uma atitude arrogante. Diz ela: "Existe no Brasil uma cultura de condenar quem se vangloria das próprias realizações e de enaltecer a humildade. Isso acaba por minar a auto-estima das pessoas, que começam a acreditar que não são merecedoras de seus feitos mais ambiciosos". A arrogância costuma ser confundida com auto-estima em excesso. O poeta e escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) dizia com a solenidade característica que "um erro grave é tanto se julgar mais do que se é quanto se estimar menos do que se merece". A moderna psicologia não aceita mais a idéia de que alguém possa ter auto-estima em excesso. Seria como ter saúde em excesso. Os complexos de superioridade e a arrogância pertencem a outra natureza. Uma pessoa com auto-estima elevada acredita que tem o controle da própria vida, sente-se confiante em lidar com os contratempos e almeja alcançar o sucesso na vida pessoal e profissional. Simples.

Lailson Santos


"TINHA MEDO
DE SER REJEITADO"

O paulista Ronaldo Yamashiro, de 34 anos, foi um adolescente tímido. Nunca conseguia uma namorada porque temia conversar com as meninas e ser rejeitado. Yamashiro só ganhou autoconfiança quando começou a praticar jiu-jítsu. "Fiquei mais forte fisicamente e isso me deixou mais seguro", diz ele, que está noivo de Marilys Sucena e se tornou professor de jiu-jítsu.

Lailson Santos


"EU ME SENTIA
UMA FARSA"

A baixa auto-estima quase acabou com a carreira da modelo paulista Janaina Izzo, 30 anos. Ela era insegura, carente e compensava seus problemas comendo em excesso. A insegurança fazia com que não se empenhasse na profissão. "Achava que me faltavam atributos físicos e intelectuais, me sentia uma farsa, ficava ansiosa, comia muito e depois vomitava tudo", diz ela, que vivia faltando aos testes das agências. Janaina resolveu procurar a ajuda de um terapeuta quando chegou ao fundo do poço. "Com a terapia, comecei a perceber que era capaz de virar o jogo e ter sucesso na profissão que havia escolhido."

Ernani d'Almeida


"OLHEI PARA O
LADO POSITIVO"

A cardiologista alagoana Rosa Celia Barbosa foi mandada a um internato para crianças carentes aos 7 anos. Sentiu-se abandonada e entrou em depressão. Mais tarde percebeu que, se continuasse rejeitando sua condição, se tornaria uma pessoa amarga. "Precisei escolher entre dois caminhos: ficar me lamentando ou me apegar ao aspecto positivo da situação, o acesso aos estudos", ela conta. Rosa preferiu a segunda opção. Hoje, é uma das médicas mais conceituadas do Rio de Janeiro em sua especialidade.

Lailson Santos


"ACORDAVA E NÃO
TINHA VONTADE
DE FAZER NADA"

O DJ paulista Sidney Pereira, de 43 anos, teve uma crise de auto-estima no fim do ano passado, ao ter de fechar sua empresa. Na mesma época, sua mulher engravidou de Maria Carolina, a primeira filha do casal. "Eu tinha duas pessoas para cuidar e as coisas estavam indo de mal a pior. Passei a ter dores pelo corpo, acordava e não tinha vontade de fazer nada", ele recorda. Segundo Pereira, o apoio da família e dos amigos o ajudou a superar a crise. "Eu estava fragilizado e não tinha forças para me reerguer sozinho. Esse apoio foi fundamental para recuperar minha auto-estima."

Miriam Fichtner


"DECIDI ENFRENTAR O PROBLEMA"

O diretor de marketing gaúcho Carlos Alberto Filho, de 44 anos, é gago. Na infância, teve de agüentar piadas de mau gosto que minaram sua auto-estima. Embora não gostasse de ciências exatas, cursou engenharia porque, nessa profissão, não precisaria falar muito. "Quando me formei, vi que aquilo não me faria feliz. Decidi então enfrentar o problema para superá-lo", diz ele, que largou a engenharia e se tornou vendedor. "Aprendi a me comunicar também com gestos e enriqueci meu vocabulário lendo muito. Hoje, dou palestras com foco em marketing e vendas."

Com reportagem de Leoleli Camargo, Denise Dweck e Thomaz Favaro

quarta-feira, 27 de junho de 2007

CD Book - Aprendendo a gostar de si mesmo - Louise Hay


Conhecida pelo best seller "Você pode curar sua vida", Louise Hay mostra como é importante exercitar a auto-estima para que possamos amar e respeitar verdadeiramente as outras pessoas. Apresenta lições de como amar a si mesmo.

LINK.




O menino que queria ver Deus.

Havia um pequeno menino que queria se encontrar com Deus. Ele sabia que tinha um longo caminho pela frente.

Um dia encheu sua mochila com pastéis e refrigerante e saiu para brincar no parque.

Quando ele andou umas três quadras, encontrou um velhinho sentado em um banco da praça olhando os pássaros. O menino sentou-se junto a ele, abriu sua mochila e ia tomar um gole de refrigerante, quando olhou o velhinho e viu que ele estava com fome, então lhe ofereceu um pastel.

O velhinho muito agradecido aceitou e sorriu ao menino.

Seu sorriso era tão incrível que o menino quis ver de novo; então ele ofereceu-lhe seu refrigerante.

Mais uma vez o velhinho sorriu ao menino.

O menino estava tão feliz!

Ficaram sentados ali sorrindo, comendo pastéis e bebendo guaraná pelo resto da tarde sem falarem um ao outro.

Quando começou escurecer o menino estava cansado e resolveu voltar para casa mas, antes de sair ele se voltou e deu um grande abraço no velhinho.

Aí, o velhinho deu-lhe o maior sorriso que o menino já havia recebido.

Quando o menino entrou em casa, sua mãe surpresa perguntou ao ver a felicidade estampada em sua face:

- O que você fez hoje que te deixou tão feliz assim?

Ele respondeu:

- Passei à tarde com Deus. Você sabe, Ele tem o mais lindo sorriso que eu jamais vi?

Enquanto isso, o velhinho chegou a casa com o mais radiante sorriso na face, e seu filho perguntou:

- Por onde você esteve que está tão feliz?

E o velhinho respondeu:

- Comi pastéis e tomei guaraná no parque, com Deus.

Você sabe que Ele é bem mais jovem do que eu pensava?

A face de Deus está em todas as pessoas e coisas que são vistas com os olhos do amor e do coração!

Que Deus abençoe vocês que visitam esse blog e ilumine os seus corações para que vocês possam oferecer a muitas pessoas o sorriso estampado em suas faces, que talvez esteja guardado dentro de vocês, enquanto muitos à sua volta estão precisando de sua atenção.

Live at the Acropolis - Yanni






"Live at the Acropolis" é com certeza o mais amplo e completo som que Yanni jamais produziu. O álbum dá uma nova dimensão à suas músicas altamente românticas e ao seu estilo melancólico-sentimental.

Um albúm imperdivel.








Yanni - Live at the Acropolis


01. Santorini
02. Keys to Imagination
03. Until the Last Moment
04. The Rain Must Fall
05. Acroyali-Standing in Motion (Medley)
06. One Man's Dream
07. Within Attraction
08. Nostalgia
09. Swept Away
10. Reflections of Passion

LINK.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Autonomia Nas Ações

Conta um escritor que certo dia acompanhou um amigo até à banca de jornais onde este costumava comprar o seu exemplar diariamente.


Ao se aproximarem do balcão, seu amigo cumprimentou amavelmente o jornaleiro e como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.

O amigo pegou o jornal, que foi jogado em sua direção, sorriu, agradeceu e desejou um bom final de semana ao jornaleiro.

Quando ambos caminhavam pela rua, o escritor perguntou ao seu amigo:

- Ele sempre o trata assim, com tanta grosseria?

- Sim, respondeu o rapaz. Infelizmente é sempre assim.

- E você é sempre tão polido e amigável com ele? Perguntou novamente o escritor.

- Sim, eu sou, respondeu prontamente seu amigo.

- E por que você é educado, se ele é tão grosseiro e inamistoso com você?

- Ora, respondeu o jovem, por que não quero que ele decida como eu devo ser.

.........................................................

E você, como costuma se comportar diante de pessoas rudes e deseducadas?

Importante questão esta, que nos oferece oportunidade de refletir sobre a nossa maneira de ser, nas mais variadas situações do dia-a-dia.

É comum as pessoas justificarem suas ações grosseiras com o comportamento dos outros, mas essa é uma atitude bastante imatura e incoerente.

Primeiro, porque, se reprovamos nos outros a falta de educação, temos a obrigação de agir de forma diferente, ou então somos iguais e de nada temos que reclamar.

E se já temos a autonomia para nos comportar educadamente, sem nos fazer espelho de pessoas mal-humoradas deveremos ter, igualmente, a grandeza de alma para desculpar e exemplificar a forma correta de tratar os outros.

Se o nosso comportamento, a nossa educação, depende da forma com que somos tratados, então não temos autonomia, independência, liberdade intelectual nem moral para nos conduzir por nós mesmos.

Quando agimos com cortesia e amabilidade diante de pessoas agressivas ou deseducadas, como fez o rapaz com o jornaleiro, estaremos fazendo a nossa parte para a construção de uma sociedade mais harmoniosa e mais feliz.

O que geralmente acontece, é que costumamos refletir os atos das pessoas com as quais vivemos, sem nos dar conta de que acabamos fazendo exatamente o que tanto criticamos nos outros.

Se as pessoas nos tratam com aspereza, com grosseria ou falta de educação, estão nos mostrando o que têm para oferecer. Mas nós não precisamos agir da mesma forma, se temos uma outra face da realidade para mostrar.

Assim, lembremos sempre que, quando uma pessoa nos ofende ou maltrata, o problema é dela, mas quando nós é que ofendemos ou maltratamos, o problema é nosso.

Por isso, é sempre recomendável uma ação coerente avalizada pelo bom senso, ao invés de uma reação impensada que poderá trazer consigo grande soma de dissabores.

Pense nisso!

Se lhe oferecem grosseria, faça diferente: seja cortês.

Se lhe tratam com aspereza, responda com amabilidade.

Se lhe dão indiferença, doe atenção.

Se lhe ofertam mau humor, retribua com gentileza.

Se lhe tratam com rancor, responda com ternura.

Se lhe presenteiam com o ódio, anule-o com o amor.

Agindo assim você será realmente grande, pois quanto mais alguém se aproxima da perfeição, menos a exige dos outros.


Alegria na tristeza

Martha Medeiros

alegrianatristeza_desertflower.jpg O título desse texto na verdade não é meu, e sim de um poema do uruguaio Mario Benedetti. No original, chama-se "Alegría de la tristeza" e está no livro "La vida ese paréntesis" que, até onde sei, permanece inédito no Brasil.

O poema diz que a gente pode entristecer-se por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos nos aprontar para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la.

Pode parecer confuso mas é um alento. Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir. Além disso, as pessoas estão sem dinheiro. Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.

Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.

Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Fazer é muito barulhento.
Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições. Até parece que sentir não serve para subir na vida.

Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença
contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Enya - CD Amarantine


Gravado na Irlanda, Amarantine é um clássico Enya e, mais uma vez, o trabalho é um produto da extraordinária e duradoura parceria criativa que a artista tem mantido ao longo de sua carreira com o produtor e arranjador Nicky Ryan e a letrista Roma Ryan. Desde o soar dos refrões da faixa título até as nuances de "Wild Violet", baseadas em um hai-cai do poeta japonês Basho, tudo que se poderia querer de um disco de Enya, está nele em abundância. Confira!

1. Less Than a Pearl
2. Amarantine
3. It´s in the Rain
4. If I Could Be Where You Are
5. The River Sings
6. Long Long Journey
7. Sumiregusa
8. Somebody Said Goodbye
9. A Moment Lost
10. Drifting
11. Amid the Falling Snow
12. Water Shows the Hidden Heart

LINK

Drogas e o Amor Exigente

O “amor exigente” é um reconhecido método para recuperação de tóxico-dependentes. O “amor exigente” é amor previdente: está a serviço da prevenção. Não é amor intransigente nem condescendente, mas previdente. Primeiro princípio: “Ninguém dá o que não tem”.

OS 12 PRINCÍPIOS DO "AMOR EXIGENTE"

Primeiro Princípio: "Ninguém dá o que não tem".

Pais vazios, filhos frágeis. Escrevia um jovem encarcerado a seus pais: “Porque vocês foram fracos no bem, eu fui forte no mal”. Pais despreparados, filhos desorientados.

Segundo princípio: “Os pais também são gente”.

Isso quer dizer que os pais não são onipotentes; pelo contrário, devem aceitar suas imperfeições e devem perdoar a si próprios, sem perder sua autoridade, nem desanimar por causa dos problemas.

Terceiro princípio: “Os recursos dos pais são limitados”.

Na verdade, os pais precisam ser ajudados com apreço, reconhecimento e atenção dos filhos, pois sofrem limitações econômicas, emocionais, éticas, religiosas.

Quarto princípio: Pais e filhos não são iguais.

Aos pais cabe a obrigação de intervir, de estabelecer normas, de cobrar. Não podem abdicar de sua missão nem de sua autoridade. Os filhos devem respeito aos pais, inclusive porque o quarto que ocupam é dos pais.

Quinto princípio: “A futilidade da culpa.

O jogo da culpa não resolve nada porque é auto-censura. De nada adianta auto-flagelar-se. O que importa é mudar, aprender com os erros. Pela culpabilização os filhos manipulam os pais, os quais, por sua vez, se fazem vítimas pela auto-culpabilização.

Sexto princípio: “O comportamento dos pais afeta os filhos, e o comportamento dos filhos afeta os pais”.

O jeito de ser pai e mãe, o testemunho de vida dos pais, os gestos mais que as palavras afetam os filhos. Por outro lado, os acontecimentos da vida dos filhos, sua conduta, suas crises afetam os pais como uma caixa de ressonância. Os pais precisam de ajuda.

Sétimo princípio: “É preciso tomar atitude.

Não se omitir nem delegar responsabilidades para terceiros.

Os pais devem discordar dos filhos quando errados, tomar atitudes contra os abusos, buscar apoio de outras pessoas, obter informações.

É preciso decidir, agir, cumprir seu dever e sua missão.

Oitavo princípio: Administrar as crises.

Os problemas são possibilidades de vitória. É preciso trocar idéias, aceitar ajuda de outras pessoas.

Nono princípio: Ter um grupo de apoio.

Esse grupo é formado por pais envolvidos com problemas de drogas com seus filhos, para troca de experiências, informações e instruções. Assim, os pais não se sentem sozinhos e têm um ambiente propício para seus desabafos e alívio das tensões.

Décimo princípio: Exigir a cooperação dos filhos.

Os pais devem dar tarefas e trabalhos para os filhos, fazendo-os participar da vida familiar. Eles devem arrumar seus quartos, lavar a louça suja da pia, não deixar tênis e roupas jogadas no chão.

Décimo primeiro princípio: “A necessidade da disciplina.

Sem disciplina, os filhos crescem inseguros e tornam-se onipotentes. Os pais acabam sendo reféns de seus filhos. É preciso estabelecer limites, educar a vontade. Não esconder a verdade.

Décimo segundo princípio: Amar é saber ser firme, saber dizer não.

Os pais não devem ceder aos sentimentos e emoções. Não colocar panos quentes sobre os erros dos filhos. Muito menos justificar seus erros, não se abalar com as chantagens. O sofrimento é redentor. O amor é exigente.

Dom Orlando Brandes
Joinville - SC